Quero começar a expor minhas idéias utilizando um tema que tenho
certeza, é o futuro da humanidade, a solução para diversos problemas!!
Não precisaríamos de Belo Monte, nem de investimentos em linhas de
transmissão. Nada de usinas nucleares, termelétricas e apagões!!
Energia inesgotável, renovável e limpa!
A energia solar pode ser aproveitado em diferentes níveis em todo o
mundo. Consoante a localização geográfica, quanto mais perto do Equador, mais
energia solar pode ser potencialmente captada.
O Brasil se encontra em uma região de grande incidência dos raios
solares, o que faz a utilização dessa energia absurdamente viável em todo nosso
território. Mas o que se percebe é que o país caminha em direção contrária a outros
países.
Abaixo temos dois exemplos de sucesso, um projeto no Japão e outro na
China.
- Ota
a Cidade Solar – Cidade Japonesa já tem mais de 1000 casas utilizando
energia solar!!
Com apenas 200 mil habitantes, a cidade japonesa Ota, localizada a 138
km de Tóquio, ostenta o título de Capital Solar do Mundo. Tal denominação
deve-se à grande quantidade de residências equipadas com painéis solares para
complementar a eletricidade. Atualmente, são mais de mil, sendo que metade dos
equipamentos foi fornecida gratuitamente pelo governo para evitar apagões
elétricos.
Tal fato deve-se a combinação do investimento maciço em energia solar
feito pelas indústrias – abundantes na região e em constante expansão, o setor
preocupou-se em elaborar projetos sustentáveis para a moradia de seus
trabalhadores, novos habitantes da cidade – e os subsídios do governo. A
tecnologia é utilizada na cidade desde 1998.
Mais do que utilizar as placas solares para o consumo interno de
energia, os habitantes de Ota conseguem ainda vender a energia sobressalente,
principalmente no verão. Em média, a produção extra de energia gera ao
consumidor até U$ 50 por mês.
Investimento
Ota pode ser um bom exemplo para o arquipélago asiático, que busca
alternativas para suprir a demanda de energia após o blecaute nuclear do
país.
Em julho, a empresa japonesa Kyocera começou a construção da maior
central solar do Japão, situada na ilha de Kyushu, e que irá integrar a rede
elétrica do país.
Orçado em €235 milhões (R$563 milhões), o projeto terá a capacidade de
70 MW, eletricidade suficiente para 22 mil casas, além de evitar as emissões de
25 mil toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2). Ao todo, serão 290 mil
painéis solares para um espaço de 127 hectares.
- Energia
solar abastece uma cidade inteira na China!!
Uma cidade onde 99% da população conta com aquecedores solares de água e
energia solar para a geração de eletricidade. Assim é Rizhao, município com 2,8
milhões de habitantes, situado na província de Shandong, na China - mais um
exemplo possível de sustentabilidade urbana.
Tudo começou em 1990, quando o governo municipal tornou obrigatória a
instalação de aquecedores solares em todos os prédios de Rizhao, por meio de
uma parceria com o Worldwatch
Institute.
O objetivo? Reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2)
na atmosfera e os custos com energia. A partir de então, nada menos do que 99%
dos habitantes da cidade passaram a usar os aparelhos. Só para se ter idéia, o município
possui mais de meio milhão de metros quadrados de painéis de aquecimento solar
de água, o equivalente a cerca de 0,5 megawatts de aquecedores elétricos.
Em Rizhao, a maioria dos sinais de trânsito, de rua e as luzes do parque
são alimentados por células solares, fator que reduz as emissões de carbono e a
poluição local. As reduções anuais de CO2 em razão da
utilização de aquecedores solares de água chegam a 53 mil toneladas.
Financeiramente, cada habitante economiza 9.333 RMB Yuan por ano (US$ 1.807). Por
sua magnitude, o projeto significou uma grande mudança cultural na cidade.
A aplicação de iniciativas como a de Rizhao são fundamentais,
principalmente, em países como a China, nação que mais emite gases causadores
de efeito estufa em todo mundo.
Assim, enquanto aguardamos uma mudança da politíca brasileira com
relação a essa energia, enquanto aguardamos uma posição
governamental sobre a integração da eletricidade de origem fotovoltaica
produzida de forma descentralizada, o potencial brasileiro em solar
fotovoltaico permanece uma promessa.
Oi Flávio,
ResponderExcluirEu adorei o tema, sou apaixonada pelo assunto, quero parabenizá-lo pela iniciativa, não importa o quão tímida pareça, continue!...Acredito sim que uma única pessoa faz diferença, nosso planeta agradece o gesto!
Vou aguardar e acompanhar novas postagens!
Quero aproveitar pra perguntar qual seria sua solução de projeto adequada para a realidade do nosso país, levando em conta o nosso contexto, inclusive político? E o que cada um de nós poderia fazer para encorajar tal ato?
Obrigada!
Luciana.S
Obrigado Luciana pelo prestigio!!
ResponderExcluirSobre suas perguntas, sou contra a criação de grandes parques solares, teríamos as mesmas perdas de 20% na transmissão da energia. O modelo ideal é esse mostrado nessas cidades japonesa e chinesa.
Inicialmente nosso governo deveria dar incentivos fiscais da mesma forma que faz com a indústria automobilística (redução de IPI, ICMS, etc)
Incentivar o desenvolvimento de projetos para instalação de empresas interessadas e criar programas de capacitação, no mesmo modelo do PROMINP.
Veja você, poderíamos ter carros elétricos, residências sustentáveis e sistemas inteligentes de geração de energia. Mas isso implica em criar programas que chocam com os interesses da indústria petroquímica, automobilística, construção civil, distribuidoras de energia, etc.
E se cada cidadão começar a se conscientizar disso tudo, apoiar idéias, disseminar toda informação possível e cobrar mais das autoridades, poderemos em breve, viver essa realidade.
Flavio
Parabéns! Gostei muito; texto coeso, porém simples e objetivo.
ResponderExcluirSó fiquei me perguntando o quão aplicável, em termos financeiros são estas ações? Seria possível para famílias de quaisquer rendas? Tudo me parece tão oneroso, estou enganada?
Obrigada!
Boa noite Eng. Flávio, parabéns pela postagem.Muito bom o trabalho demonstrado, temos que aprender realmente ter uma vida sustentável com todas as inovações existentes em outros países, pode contar com mais um multiplicador.
ResponderExcluirBoa noite Eng. Flávio, parabéns pela postagem.Muito bom o trabalho demonstrado, temos que aprender realmente ter uma vida sustentável com todas as inovações existentes em outros países, pode contar com mais um multiplicador.
ResponderExcluirObrigado Sr. José Adilson. Visto que o artigo do blog vai fazer 3 anos, se nossa presidenta tivesse lido, não estaria falando besteiras mundialmente e nem estaríamos pagando contas tão altas de energia. Falta boa vontade do poder público em investir massivamente em energia solar. Continue nos visitando e opinando. Use o blog como um canal para poder se expressar.
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